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Cresce a clientela de armazém de móveis

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Mercado imobiliário aquecido, gente que precisa de um lugar para deixar seus móveis enquanto espera uma reforma acabar ou está para mudar de casa e não tem onde acomodar seus bens no período de transição. Esse cenário tem levado as pessoas a recorrerem cada vez mais às companhias conhecidas como self storage (algo como armazene você mesmo). O valor varia de R$ 250 a R$ 2 mil e algumas até oferecem transporte gratuito em determinadas situações.

“Esse mercado pegou muita força nos últimos quatro ou cinco anos e tem grande ligação com o setor imobiliário”, diz Antônio Sanchez Filho, diretor da Local Box, empresa que atua no ramo e foi criada há três anos para aproveitar essa onda. “Sentimos uma grande procura e temos expectativas promissoras de crescimento, apesar de ainda não podermos falar em números, por estarmos entrando agora na maturidade”, completa.

Bruno Zani utiliza os serviços de estocagem de objetos para guardar artigos de decoração de sua empresa (Foto: ARQUIVO PESSOAL)

A Storage System está há 16 anos no mercado, mas também começou a ter retorno mais significativo de 2008 para cá. “Acho que foi por conta do aquecimento da economia como um todo, mas a grande maioria dos nossos clientes nos procura para guardar móveis”, conta Marcos Baptista, que é sócio gerente da empresa.

O cliente mais comum é aquele que está de mudança ou está reformando e precisa tirar os móveis de casa. Mas, em ambas as empresas, são cada vez mais numerosos os casos de pessoas que precisam de um lugar para guardar os bens porque o apartamento comprado na planta não ficou pronto no prazo.

“Teve até um caso que a própria empresa pagou o espaço para colocar os móveis do cliente, por conta do atraso. Acho que devia ser um apartamento de altíssimo padrão porque é mais comum que a própria pessoa arque com esse custo”, afirma Baptista.

O serviço também é indicado para empresas que precisam de mais espaço para estocar mercadorias ou colocar arquivo morto. No caso do empresário Bruno Zani, diretor de uma empresa que faz festas, a solução foi ótima para armazenar os artigos para decoração dos eventos.

“São lustres, tapete, vasos, escadas, paredes falsas. Tudo para decorar eventos de alto padrão. Se eu tivesse que alugar um galpão para guardar isso e ainda contratar segurança e cuidar da administração ia sair muito caro e dar mais trabalho”, conta Zani.

No geral, empresas de self storage permitem acesso aos bens 24 horas por dia. O transporte fica a cargo do cliente. Mas, no caso da Rent a Box, se for assinado um contrato de aluguel de no mínimo três meses, o transporte é grátis.

Segurança
Outra questão é a segurança. Apesar de os espaços serem protegidos com câmeras, vigilância e outros equipamentos, de uma forma geral, as companhias deixam claro que não se responsabilizam por roubo. “Não fazemos a guarda, só oferecemos o espaço e intermediamos o seguro sobre o valor declarado dos bens”, diz Baptista. A cada R$ 10 mil segurados, a pessoa paga R$15 por mês.

O Procon-SP ressalta que, como prestadores de serviços, as empresas do ramo devem respeitar os direitos dos consumidores. “Não ressarcir o cliente por roubo é se eximir de uma responsabilidade”, diz Selma do Amaral, diretora de atendimento ao consumidor do Procon. “Isso vale também para cuidados com os objetos e higienização do espaço.”


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